CEAD – UnB Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília
Curso de Extensão Atualização em Práticas Pedagógicas
Alimento
e Cultura
Equipe F:
Lúcia
Carmem de Oliveira
Lúcia
de Fátima Carvalho Gonçalves
Márcia
Silva de Carvalho Ribeiro
Maria
das Graças Inah de A. Santa Rita Maria Madalena Lima da Silva
Maria
do Espírito Santo Borges de Souza
Tutora: Anna Carolina Ramalho Lins
Resumo:
A proposta de conscientizar quanto aos hábitos culturais alimentares entre
os jovens de faixa etária 14 e 18 anos e
as conseqüências danosas para a saúde, efetivaremos através da aplicação desse Miniprojeto de forma interdisciplinar, o qual
deverá exercer influência positiva, com as mudanças para uma
reeducação alimentar muito desejada, no decorrer dessas atividades com os
alunos.
Palavras chave: Alimento, cultura, hábitos
alimentares e saúde.
Bahia, 14 de Abril de 2013
2. DESCRIÇÃO
A escolha por faixa etária entre 14 e 18 anos deve-se
a divulgação de dados estatísticos sobre a tendência do problema - obesidade
aumentar consideravelmente entre crianças e adolescentes, principalmente devido
a maus hábitos alimentares.
O
nosso cronograma necessitará de duas fases:
Conscientização do problema e execução. Imbuídos
de protagonismo juvenil, iniciativas podem emergir do próprio adolescente
consciente de sua liberdade de atuar com responsabilidade no compromisso social
para consigo e para com o outro.
A sensibilização ocorrerá através de palestras
sobre os hábitos alimentares e suas conseqüências, promovida pelos
profissionais da saúde em parceria com a comunidade escolar. Sendo previsto
para sua culminância:
Uma “Feira de Saúde”, que atenderá a comunidade
escolar interna e externa tendo como atividades: Cálculo do IMC, teste de
glicemia, prática de exercício físico, higiene bucal com aplicação de flúor,
técnica de escovação; aferição da pressão arterial, barracas de produtos
naturais e de frutas e verduras, orientação nutricional, etc. Além da
divulgação dos dados estatísticos obtidos pelas equipes - como resultado da
atividade de campo. Este miniprojeto interdisciplinar envolve as seguintes
áreas do conhecimento: Biologia,
Química, Física, Matemática, Português, Geografia, Historia, Sociologia, Artes
e Inglês.
Metodologia:
·
Público-alvo - todos da escola: alunos, professores,
funcionários, coordenadores, diretores escolar, a comunidade do entorno e
familiares dos alunos, podendo divulgar em redes sociais.
·
Recursos
Humanos: os citados: discentes, docentes, funcionários e os voluntários dos postos de saúde.
·
Recursos físicos e materiais: salas de aula, quadras de
esportes, auditório, laboratório de informática, Sala de vídeo e Equipamentos
audiovisuais (microfones, caixas acústicas, DVD, Tvpendrive, televisores,
etc.), equipamentos de informática (computadores, impressoras, data show,
etc.), material de escritório (papel, cartuchos para impressora e Xerox, tinta,
fita adesiva, cola piloto, papel sulfite, caneta, lápis, lápis de cor, tesoura),
e material de higiene para limpeza e manutenção dos recintos utilizados para as
atividades relacionadas ao Miniprojeto.
Atividades interdisciplinares.
·
Português e Inglês: análise de textos e músicas, elaboração de um
jornal informativo que abordem o tema, pelos alunos.
·
Biologia, química e matemática e
física: estudo de índices estatísticos sobre os alimentos mais consumidos pela
comunidade; elaboração de gráficos representando esses índices, cálculo do teor
calórico de cada alimento, composição química de cada alimento escolhido pelo
grupo, montagem de stands informativos sobre hábitos alimentares saudáveis,
construção da Pirâmide Alimentar (Guia para escolher os alimentos); palestra
sobre alimentação e saúde, análise do quadro com resultados da pesquisa feita
na comunidade sobre o consumo alimentar e comparar com o quadro da pesquisa do
IBGE sobre o consumo alimentar pessoal no Brasil.
·
Geografia e História:
·
Pesquisa sobre alguns países que receberam influência
de costumes dos diversos povos e seus hábitos alimentares através do
extrativismo - coleta de alimentos nativos e, com o sedentarismo, cultivo de
espécies locais ou as trazidas durante a colonização, pelos imigrantes.
·
Filosofia e Sociologia:
Discussão do tema e sobre os mitos e comportamentos vinculados aos
hábitos alimentares.
a) A primeira etapa pressupõe um levantamento de informações sobre a
importância biológica, histórica e geográfica do alimento.
Para tal, o coordenador poderá sugerir alguns
alimentos presentes na dieta da escola/comunidade, como por exemplo, a batata,
o tomate ou a banana, e orientar uma pesquisa em livros e/ou sites que informem
os nutrientes existentes nesses alimentos, sua história e onde são cultivados
ainda hoje. O grupo poderá ser subdividido para que cada equipe realize a pesquisa sobre
determinado alimento. Os dados serão registrados
em uma tabela, buscando apresentar a diversidade de nutrientes que podemos
obter de várias espécies de vegetais.
b) Atividade de campo: Uma vez escolhido e feito o levantamento sobre os
alimentos, o grupo aplicará um questionário em sua comunidade, com o objetivo
de identificar quais os alimentos disponíveis
mais consumidos, o que a população sabe sobre a origem deles e quais as razões
–– sociais (PRONAF) individuais, familiares –– de certos hábitos alimentares.
Questionário
1. O que se costuma comer no
almoço e no jantar/ Por quê?
2. Cite um alimento preferido
de cada membro da família.
3. Quais datas são festejadas e
com quais alimentos?
4. Existe alguma receita de
família que você costuma preparar? Você
poderia divulgá-la?
5. Você gostaria de comer
outros tipos de alimentos?Quais?
6. De onde vêm os alimentos que
adquirimos?
7. Você acha importante consumir
alimentos oriundos da agricultura familiar?
8. Você sabe a origem dos
seguintes alimentos:
·
Pão, arroz, banana, leite e queijo
9. O que é caloria?
10. O que é para você uma
alimentação saudável e equilibrada?
11. Você come frutas com freqüência? E verduras?
12. Você faz alguma atividade física? Qual?
13. Você sabe o
significa a sigla IMC?
c) Organizando os
dados: Após o levantamento, os dados obtidos e organizados em tabela ou
gráfico, deverá informar: Quais os alimentos presentes na merenda escolar? Por quê? Que influências alimentares a comunidade
sofre? Que desafios a comunidade escolar deve enfrentar para exigir do CAE a
inclusão de alimentos ricos em fibras? Após a discussão dessas e de outras
questões pelo questionário, receitas fornecidas pelos entrevistados poderão ser
organizadas e digitadas, para edição de um livro de receitas culinária.
Cronograma:
Nossa meta é implantar o Miniprojeto durante os meses de maio, junho e
julho de 2013, com avaliação continuada e ajustes durante todo ano letivo para
os casos de IMC fora do ideal e os casos de obesidade. A avaliação será feita
pelo pessoal do Programa de Saúde na Escola.
Custos: Alguns recursos a
instituição dispõe para faixas, painéis, cartazes e para confecção do jornal buscaremos patrocínio de comerciantes local. Para a pesquisa de campo,
solicitaremos da Prefeitura ônibus que
faz o transporte gratuito para escolas públicas.
MESES
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ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
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Maio
|
Sensibilização, estudo do tema e produção de
textos, cartazes planilhas com dados estatísticos e receitas.
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Junho
|
Seminários, debates e apresentação de convidados
palestrantes.
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|
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Julho
|
Organização de atividades e culminância da feira
de saúde.
|
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|
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3.
JUSTIFICATIVA
O alimento é
fonte de energia indispensável para vida no planeta terra. O tema alimento e cultura, pode abranger subtemas
como, segurança alimentar; o cultivo
tradicionalmente orgânico; carboidratos e sucos integrais; alimentos oriundos
do PRONAF/CAE; mas, a abordagem “hábitos culturais alimentares” é noticiado
enfatizando diversos problemas de saúde, tais como cardiopatias, câncer, obesidade,
diabetes, hipertensão arterial, alergias alimentares e cáries, entre outros,
relacionados a hábitos alimentares inadequados.
A obesidade tende a aumentar entre adultos, porque vem evoluindo
perigosamente entre crianças e adolescentes podendo provocar doenças, reduzindo
a qualidade de vida da população, tornando-se um problema de saúde pública.
A abordagem “Alimento e cultura”, leva em consideração a diversidade de
cultura, de costumes e de valores herdados por tradição. Melhor qualidade de
vida implica um padrão de saúde equilibrado e na busca por um padrão estético, as
pessoas querem conhecer os diferentes hábitos alimentares dos povos, uma
alimentação alternativa mais saudável e, conseqüentemente, há necessidade de
mais informações sobre o tema. Mesmo sendo do conhecimento geral que os maus
hábitos alimentares são prejudiciais à saúde, as decisões sobre o que comer e
quanto comer requer conhecimento através de pesquisas sobre preferências
alimentares, hábitos familiares e culturais, disponibilidade de alimentos,
entre outros fatores.
Procuramos, por meio deste Miniprojeto auxiliar informando, discutindo
com as pessoas sobre a tarefa de escolher alimentos adequados, observando as informações
sobre o valor calórico dos alimentos, o teor de sódio e fibras, a percentagem
de aditivos, para que possamos manter uma rotina alimentar mais equilibrada e
saudável.
4.
FUNDAMENTAÇÃO
Nos
primórdios civilização, a alimentação, além de suprir necessidades básicas de
sobrevivência, foi tornando-se um diferencial em rituais religiosos e inserido
na cultura humana. Escolher o que se
come, quando, e conhecer como são produzidos os alimentos, requer atividades em
grupos. A tentativa de superar situações adversas pode resultar na formação de
hábitos alimentares particulares a cada população.
No Brasil, os hábitos alimentares formaram-se a partir da miscigenação da
culinária indígena, portuguesa e africana e, com o tempo, foram adquirindo
características e peculiaridades. Cada região do país desenvolveu uma cultura
popular rica e diversificada, onde figura uma culinária própria, devido à
influência das correntes migratórias, adaptações ao clima e disponibilidade de
alimentos (PINHEIRO, 2001; BLEIL, 1998; ABREU et al, 2001).
Através da perspectiva histórica pode-se realizar a análise do consumo
alimentar com base na noção de “sistemas alimentares”. Estes seriam baseados em
diferentes agentes sociais (produtores, distribuidores, consumidores e Estado),
estratégias e relações que se estabelecem entre eles, ao longo do tempo, de
modo que se possa compreender de que formas os hábitos alimentares se constroem
e evoluem (SOUZA, 2002). Além disso, é importante salientar que a formação e
transformação de hábitos alimentares com o passar dos tempos têm relação
estreita com a cultura e com as crenças (religiosas ou não) de um povo
(PINHEIRO, 2001; ABREU et al, 2001).
4.
1. Alimentação adequada e saúde
A alimentação humana extrapola as
funções químicas - de absorção de nutrientes - e físicas - de apropriação da
natureza sob a forma de alimentos. O ser humano, ao longo de sua evolução,
desenvolveu uma complexa relação com o processo alimentar, associado com sua
conduta social, afetiva, comportamental e características culturais (VALENTE,
2002, p.38). Análise reiterada por Cuppari, para quem:
Como seres vivos, os homens só subsistem e propagam sua espécie se
mantiverem com o seu meio, de maneira constante, uma alimentação equilibrada
que promova benefícios para a manutenção da saúde. (2005, p.63)
Segundo Mezomo
(2002), (...) nossos antepassados, que
viviam em contato com a natureza, alimentando-se de tudo que ela lhes oferecia:
animais abatidos (carne), frutas, gramíneas, folhas, raízes etc. Atualmente, (...)
é possível delinear e caracterizar os novos hábitos alimentares da população
brasileira.
Produto deste modus vivendi
urbano, a comensalidade contemporânea se caracteriza pela escassez de tempo para
o preparo e consumo de alimentos; pela presença de produtos gerados com novas
técnicas de conservação e de preparo, que agregam tempo e trabalho; pelo vasto
leque de itens alimentares; pelo deslocamento das refeições de casa para
estabelecimentos que comercializam alimentos – restaurantes, lanchonetes,
vendedores ambulantes, padarias, entre outros; pela crescente oferta de
preparações e utensílios transportáveis; pela oferta de produtos provenientes
de várias partes do mundo; pelo arsenal publicitário associado aos alimentos;
pela flexibilização de horários para comer agregada à diversidade de alimentos;
pela crescente individualização dos rituais alimentares (GARCIA, 2003, p7).
De acordo com Garcia (2003), a globalização atinge a indústria de
alimentos, o setor agropecuário, a distribuição de alimentos em redes de
mercados de grande superfície e em cadeias de lanchonetes e restaurantes.
Tem-se percebido a tendência dos brasileiros em adotarem novos hábitos, criados
pela indústria alimentar e marcados pelo consumo excessivo de produtos
artificiais, em detrimento de produtos regionais com tradição cultural (BLEIL,
1998; MONDINI, 1994; SOUZA, 2002).
Além das modificações na cultura alimentar a qualidade da alimentação foi
bastante afetada. A variedade de alimentos consumida pelos brasileiros é menor,
(...) menor valor nutricional. O aumento na freqüência da alimentação feita
fora de casa e a preferência pela compra de alimentos em supermercados são
fatores que favorecem a diversificação de gêneros e o consumo de alimentos
industrializados (PINHEIRO, 2002; SOUZA, 2002; BATISTA-FILHO & RISSIN,
2003).
Percebe-se o aumento do consumo de refeições rápidas (fast food), alimentos processados, prontos ou
semi prontos, como resultado de um maciço investimento em publicidade por
empresas que atuam no setor de alimentos(...) estilo de vida de milhões de
pessoas (NUNES, 2008, p.64).
A transição nutricional ocorrida neste século resultou na chamada “dieta
ocidental” caracterizada pelos altos teores de gorduras, principalmente de
origem animal, de açúcares e alimentos refinados e baixos teores de
carboidratos complexos e fibras (MONTEIRO et al, 2000). A dieta ocidental e o
aumento da obesidade estão amplamente associados com a alta prevalência de
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e a diminuição da qualidade de vida
da população (FERREIRA et al, 2005). Enquanto na Europa e nos países asiáticos
a mudança de hábitos ocorreu de forma gradual, o que se observa no ocidente é
um acelerado ritmo de mudanças, tendo como consequência doenças como diabetes,
hipertensão e cardiopatias, que atingem todas as faixas etárias e são
configuradas como problemas de saúde pública (BATISTA-FILHO & RISSIN, 2003;
FRANCISCHI et al, 2000).
4. 2 Hábitos
Alimentares e Atitudes dos Jovens face aos Alimentos
As preferências alimentares infantis são
determinadas (...) pelo critério gostar ou não gostar.(...) As razões que levam os jovens a consumir este
ou aquele produto relacionam-se com as qualidades intrínsecas do mesmo (como
ser ou não saudável, ser ou não natural, ser gostoso, ter aspecto atraente,
etc.), como consequências de seu consumo, aumento do peso corporal, e ainda as
influências sociais decorrentes da observação dos modelos juvenis, com hábitos
de vida que facilitam ou estimulam o consumo deste ou daquele produto, e com
antecedentes relativos às preferências quando criança e com as influências
familiares (Murcott, 1996; Stafleu, Van Staveren, De Graff, Burema, &
Hautvast, 1996).
5. OBJETIVOS
Aplicáveis a curto e longo prazo, os objetivos que norteiam esse
Miniprojeto, pretendem ser continuo e sistemático, para que promovam mudanças
nos hábitos dos alunos e seus familiares. Entre esses objetivos estão:
OBJETIVO
GERAL
Perceber a diversidade cultural a partir do
tema “Alimento e cultura”, desenvolvendo o
conhecimento da importância dos hábitos alimentares saudáveis.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Incentivar e
instrumentalizar os jovens e adolescentes para que sejam protagonistas multiplicadores, participantes e colaboradores
para o êxito do Miniprojeto.
·
Formar parcerias
com os profissionais da Saúde, associação do bairro ou outro segmento disposto
a colaborar com o Miniprojeto, viabilizando e fortalecendo dessa forma a sua
continuidade.
·
Analisar as
influências de diferentes culturas e desenvolver atitudes de respeito e
tolerância com relação aos hábitos alimentares de cada grupo.
·
Implantar, acompanhar e avaliar continuamente
o Miniprojeto, no sentido de constantes
modificações que permitam melhor adaptação, de forma a adequá-lo às
atualizações da Ciência.
6. RESULTADO ESPERADO
Esperamos, durante os estudos, pesquisas e ações delineadas nesse
Miniprojeto, provocar na comunidade escolar e a quem interessar possa, não
apenas uma reflexão, mas, a respeito da escola como espaço para desenvolvimento
de atividades educativas, visando à efetivação na mudança de hábitos para
reeducação alimentar para uma saúde equilibrada e que a educação não se limite a
transmissão de conhecimento, mas, informar, formar, desenvolver senso crítico
com responsabilidade e inclusão afetiva e social, nos cuidados para com a
formação dos adolescentes e dos jovens. Enfim, é importante perceber nos alunos
motivação para tomarem decisões criticamente e que demonstrem com atitudes e
hábitos renovados, um comportamento saudável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Gostaríamos de reiterar nosso apreço a todos que concorreram
positivamente para um resultado satisfatório, integrantes que somos desse grupo
que realiza o curso de Atualização em Práticas Pedagógicas. Esse trabalho é um
fazer diário, contínuo, uma vez que acompanha a ‘evolução dos fatos’ em
paralelo com as novas descobertas, seja por novos princípios ativos contidos
nas plantas e/ou através das Biotecnologias de DNA’s Recombinantes (OGM) em
interação com a nanotecnologia que veio para potencializar com mais intensidade
as propriedades químicas (e físicas, dentre outras) dos alimentos, na busca por
melhor qualidade de vida, de maneira racional para a sustentabilidade.
É mais um desafio a enfrentar e vencer, entretanto percebemos que houve
todo um cuidado na elaboração desse curso de Atualização em práticas
pedagógicas, conteúdos esses respeitando o nível de nossos conhecimentos e
limitações, que em muito foi compensado pelas orientações das tutoras Gabriela
Fiuzza e na etapa dois Anna Carolina Ramalho Lins, e também a troca de saberes e as atualizações disponibilizadas
tanto na Biblioteca como pela troca de experiências que compartilhamos com
colegas educadores de outras UE que participam do curso.
Esperamos por em prática o nosso Miniprojeto, visando reduzir os fatores
de riscos e nos empenharmos nas orientações, tão fundamentais com respeito aos
diferentes contextos sociais e econômicos aos quais os adolescentes pertencem e
são amplamente influenciados. Sendo a família o núcleo, o primeiro grupo social
do convívio do indivíduo, formadora de valores desde o início da vida, é óbvio
que as relações travadas em seu âmbito, como mantenedora de bons exemplos
através do diálogo e da afetividade entre pais e filhos, vem fortalecer a autoestima
do adolescente que passa a se apropriar e exercer os incentivos recebidos dos
pais.
Nesse contexto a Escola detém e desempenha papel indispensável como
agente de socialização, capaz de reforçar comportamentos positivos, no
despertar de senso crítico, da auto-estima e autonomia dos adolescentes,
propiciando-lhes condições para que suas convicções permitam escolhas com
conhecimento e de forma responsável.
É possível estruturar esse
trabalho incluindo-o nas diversas áreas do conhecimento de forma
interdisciplinar e para isso é indispensável além do compromisso e do interesse
do educador, uma articulação entre todos os envolvidos e principalmente contar
com o apoio da Direção da Escola e seus colaboradores.
RESULTADOS
ESPERADOS:
Cabe não só aos educadores a função de
sensibilizar a comunidade escolar acerca da importância na escolha dos alimentos,
até porque a literatura e os Programas do governo como o Conselho de
Alimentação Escolar, é uma via democrática
visando uma melhor compreensão da nossa realidade e fará com que os alunos
sejam agentes multiplicadores e possam promover mudanças em suas vidas e
daqueles que fazem parte de seu contexto social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, E. S.; VIANA, I. C.; MORENO, R. B.,
et al. Alimentação mundial - uma reflexão sobre a história. Saúde e Sociedade; 2001.
BATISTA
FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e
temporais. Cad. Saúde Pública. 2003.
BLEIL, S. I. O Padrão Alimentar Ocidental:
Considerações Sobre a Mudança de Hábitos no Brasil. Cadernos de Debate; 1998.
CUPPARI, Lilian (Coord.) Guia de nutrição: nutrição clínica no
adulto. 2ª ed. rev. e ampl. Barueri: Manole, 2005.
FERREIRA, H. S. et al. Hipertensão,
obesidade abdominal e baixa estatura: aspectos da transição nutricional em uma
população favelada. Rev. Nutr., Campinas,
18(2): 209-218, mar./abr., 2005.
GARCIA, R. W. D. Reflexos da globalização
na cultura alimentar: considerações sobre as mudanças na alimentação urbana. Revista de Nutrição, Campinas,
out./dez., 2003.
KAC, G.; VELASQUEZ-MELENDEZ, G. A transição
nutricional e a epidemiologia da obesidade na América Latina. Cad. Saúde Pública. 2003, vol.19.
MEZOMO, I. F. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. Barueri
(SP): Manole; 2002.
MONDINI, L; MONTEIRO C. A. Mudanças no
padrão de alimentação da população urbana brasileira. Rev. Saúde Pública, 28(6): 433-9, 1994.
Revista
de Saúde Pública, v. 34, n. 3,
p.251-58, 2000.
VALENTE, Flávio Luiz Schieck. Direito
humano à alimentação adequada: desafios e Conquistas. São Paulo: Cortez, 2002.
NUNES, Mercés da Silva. O direito fundamental à alimentação: e
o princípio da segurança. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
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