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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

FAMÍLIA




FAMÍLIA


FAMÍLIA: TRANSIÇÃO DO ONTEM AO HOJE (adaptado por Lucia Carmen de Oliveira)
Qual é a primeira impressão quando  ouvimos a pronúncia da palavra FAMÍLIA?
A esse questionamento, cada um responderá a seu modo, de acordo com a sua subjetividade e sua experiência vivida, pois o conceito de família tem um significado único para cada um; falar sobre Família é algo sublime e individual e tudo que envolve essa temática torna-se um problema tanto complexo quanto instigante, o que motiva nossa discussão.
No ano de 1905, a jornalista Carmem Dolores escreveu um artigo para o jornal O País, que tem como início a seguinte frase: “FAMÍLIA NÃO SE USA MAIS”, (...) O interessante é que mesmo tendo passado um século,  a idéia de família estava associada a de uma instituição falida. É tanto que, um casal que consegue permanecer unido sob o mesmo teto, por mais de 30-40 anos, merece uma homenagem, uma premiação. Contudo, nosso questionamento é: a que conceito de família temos nos referido hoje? Dantes, o conceito de família despertava um turbilhão de lembranças, emoções, saudades e acima de tudo expectativas que nem sempre foram correspondidas ou que por sua vez foram um tanto contraditórias. As vezes traz alguma frustração quando não funciona como suporte  à educação doméstica participativa e pacífica, ou não oferece um “Porto Seguro” aos seus componentes. Segundo a escritora Anna Maria N. de Souza em seu livro  A Família e seu Espaço , FAMÍLIA é algo universal, e até hoje não foi ainda descoberta outra formação humana capaz de substituí-la em sua totalidade. A família é o grupo primário que deveria servir de modelo exemplar a todos os outros, todas as outras instituições.
Nesse momento surge a reflexão:  “mas a instituição família já sofreu tantas mudanças ao longo dos séculos, o que  seria  então considerado como família atualmente?” Poderíamos responder supondo que não existe mais, no seio familiar,  uma estrutura alicerçada no altruísmo do amor ao próximo, colocar-se no lugar do outro. Por outro lado, podemos considerar a família não como uma estrutura individual, hermética, um reduto onde todo tipo de assédio, bulling era permitido e praticado de pais para filhos, os quais repetiam o mesmo “carrancismo”. Mas, a família hoje funciona mais como um **arranjo providencial e/ou por conveniência. Os arranjos familiares atualmente, são concebidos de várias formas, por exemplo, famílias constituídas apenas pela mãe e os filhos;  pelo pai e os filhos;  pelos avós e os netos; pelos padastros/madrastas e os enteados/filhos de ambos; ou ainda,  parentes e vizinhos que participam(ram) acompanhando e cuidando da educação das crianças e dos adolescentes; assistentes sociais do CRAS e outras instituições, ONGs e creches-escolas, que contam com o apoio do Conselho Tutelar quando houver necessidade de mediar algum conflito e encaminhar à Promotoria as possíveis intervenções no sentido de solucionar os problemas detectados etc. Ou seja, o relacionamento familiar tornou-se complexo, a família não se acomoda mais no modelo de velhas tradições paternalistas, até porque essas funções migrou para a “MULHER MARAVILHA” (não mais a Amélia), ou seja,  a mulher assalariada ou não, internalizou funções multifuncionais e esse sistema polivalente vem causando distúrbios neuronais como, estresse, depressão,  refletindo no psicossomático, sendo urgente uma abordagem que contemple a igualdade de gêneros. A família não quer nem pode mais permanecer acomodada como antes: composta de pai, mãe e filhos, de maneira individualmente ‘egoística’, como se o outro, o filho do vizinho, o sobrinho, o afilhado, o enteado, o aluno, o adotado, o empregado doméstico não fizesse parte do mesmo contexto educacional-econômico-social com os mesmos problemas. Até porque não existe mais aquelas pessoas ‘desocupadas’ que estiveram do nosso lado, participando da nossa vida mais do que nossos pais ou irmãos biológicos. Pois é,  eles também poderiam  ser considerados componentes do nosso grupo familiar, até porque com mães e pais trabalhando fora, muitas vezes são essas pessoas que ‘quebram o galho’, principalmente nas creches e escolas.  As famílias hoje em dia, além dos laços parentais, de sangue, inclui outros que podem compartilhar o mesmo teto, saberes, experiências, vantagens assistenciais, sendo imprescindível a amizade e a companhia de pessoas que estão ligadas a nós por problemas comuns, devido as injustiças sociais, principalmente.
Com isso, observamos que temos e teremos sempre várias “famílias coletivas”, para oferecer e receber amparo, proteção, orientação e respeito mútuos.
Quem poderia hoje interagir na formação cidadã de seus filhos sem o auxílio dos mais experientes, dos mais capacitados em subvenções sociais?
Então, vemos que não existe nenhuma iniciativa de amparo à família que seja hermeticamente isolada. Até porque é requisito: quem quiser implementar qualquer iniciativa de cunho social ou sócio-político-educacional, precisa contar com o apoio humano e das tecnologias e ainda, a presença de representantes da Sociedade Civil, (dentre os dos outros seguimentos) podendo o grupo articular-se com os outros grupos (Escola, ONGs, Cooperativas, Entidades Filantrópicas-educativas)  já que no contexto familiar privado, a quatro paredes, os conflitos não se resolveriam por si, sem uma visão multidisciplinar dos mais experientes. A família de hoje tem também a função de agregar e agregar-se a movimentos ativistas em prol do Bem Comum. Digo isso porque a aculturação tráfico-usuários-de-drogas lícitas e ilícitas, amedronta porque tem afetado todos das diversas faixas etárias de todos os níveis e classes sociais. Portanto, não adianta achar que os problemas de nossos parentes, agregados,  vizinhos  e seu(s) filho(s) não é problema nosso. O filho, filha do outro pode vir a ser meu genro, nora. . . E aí?
 Retomando a discussão. . . A família  permanece com a mesma função básica: procriar, educar e cuidar com amor, carinho e muita observação, importando-se com a preservação física, moral e espiritual de sua prole, seja parida ou adotada, há que se cuidar aproveitando as circunstâncias vivenciais no seu meio doméstico que por sua vez, confrontado pelo que dita a mídia televisiva (novelas) que tem influenciado o pensar, o querer, o fazer, o falar, os comportamentos e as  atitudes  e também no contexto consumismo por produtos que substituem outros que tornam-se obsoletos do dia para a noite. Tudo isso pode gerar crises nas relações, por exemplo, assistimos no SBT a Super Nani tendo que orientar e mediar conflitos tanto na relação do casal como na criação dos filhos que, por vezes são vítimas do modelo capitalista, por valorizarem mais o ter do que o SER.  Mesmo mutável e vulnerável,  a família dinâmica permanece sendo a base da história de cada um. Entretanto, na tentativa de responder o questionamento lançado - “FAMÍLIA NÃO SE USA MAIS” - devemos  atentar para o fato de que, sendo os humanos seres biopsicossociais,  busca conhecer seus direitos e deveres na *Lei dos Direitos Humanos .(OBS: o trecho em itálico é uma citação por Lucia Carmen de Oliveira em 21 02 2013 cujos Autores Paulo Motta Monte-Serrat¹, Thais Bueno² e Victor Amadeu El Hauche³):
(...)  A Constituição é direta e simples: a finalidade da educação é a garantia de cidadania e a preparação para o mercado de trabalho.
Segundo o art. 206 em seu inciso III da Constituição Brasileira, vemos que é defendido o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, ou seja, o pluralismo de idéias nos diferentes contextos sociais em que as crianças se encontram envolvidos, que devem ser respeitados e levados em consideração pela instituição escolar que se torna um meio pelo qual o conhecimento deverá ser produzido pelas crianças. E o pluralismo de concepções pedagógicas na qual devem ser criados e manipulados recursos pedagógicos facilitadores do processo de ensino-aprendizagem.
A Constituição sozinha não é capaz de formar um aluno ou seu caráter, por isso que a família é fundamental na vida de uma pessoa, sendo que esta é a base da sociedade, passando os princípios fundamentais para o convívio entre seus membros, em sociedade.
(...)Um dos entrevistados Carlos Alberto Monteiro Vieira, desembargador e professor de direito constitucional das Faculdades Anhangabaú, deu seu parecer a respeito da inclusão salientando a importância da noção dos princípios constitucionais, por parte dos jovens:
“É inegável o fato de que a juventude atual carece de um conhecimento acerca de seus próprios direitos como cidadãos. Suas atitudes irresponsáveis, como vemos todos os dias nos telejornais, em acidentes pelo uso excessivo do álcool, violência contra professores, são reflexos diretos dessa ausência do conhecimento constitucional. A partir do conhecimento dos princípios gerais de direito contidos na constituição, os jovens ampliarão significativamente seus horizontes nas mais variadas áreas das relações humanas, podendo assim contribuir para uma melhor convivência em sociedade.”
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2007/pceb015_07.pdf

O percurso  encontro-desencontro entre o “eu” e o “tu” na tentativa de chegar ao “nós”, é permeado de conflitos e ajustes, acordos e desacordos inerentes do convívio familiar e essa dinâmica acrescenta a graça do exercício da cidadania a partir das relações humanas-domésticas ao longo das gerações. Há algum tempo, ter uma família significava além de procriar, possuir uma identidade civil, ter um nome de pai e de mãe no documento de identidade, ter para onde voltar após mais um dia de trabalho;  o ‘porto-seguro’ onde aplacar os reveses enfrentados na luta pela sobrevivência. Enfim, ter um LAR era algo sagrado que bastava-se por sua raiz e tradição. Era como se do lar brotasse magicamente toda a logística para sua manutenção, organização e preservação. Logo, ainda tem gente que se esquece de pesquisar e estabelecer comparações  entre o antes e o depois do advento da TV no recinto do lar; do antes e o depois dos games, do celular, da  Internet; do antes e o depois da Consolidação da Leis Trabalhistas (CLT), do capitalismo; do antes e o depois do tráfico-uso de drogas que gera violência e mortes;  da mulher dona de si, independente. Do antes, durante e depois da igualdade de gêneros. Essa análise precisa ser feita sempre,  antes do namoro, do noivado, do casamento, para que se efetive as adaptações necessárias ao convívio familiar no suporte LAR-DOCE-LAR. 

**(...)Ou seja: para o Cadastro Único, é necessário que as pessoas residam no mesmo domicílio e compartilhem renda ou despesa para serem consideradas componentes de uma mesma família. Não é necessário que os integrantes tenham relações consanguíneas, isto é, que sejam parentes. 
Fonte: XXVI CADERNO CULTURAL - Coaraci Bahia / Ano 3 / Fevereiro de 2013 / 500 Exemplares Mensais / 13.000 Exemplares Distribuídos GratuitamenteSite: informativocultural/coaraci / E-mail: 
Caderno Cultural de Coaraci  (73)8121-8056/9118-5080/3241-1183


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